O Sindsasc lançou nesta segunda-feira (10) o Movimento em Defesa da Casa da Mulher Brasileira. Em reunião pública realizada na sede da LBV, entidades, autoridades e servidores da assistência social do Distrito Federal aderiram ao movimento e contribuíram para a definição das ações a serem seguidas. Participaram da reunião, além da diretoria do Sindsasc, representantes da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Distrito Federal (OAB-DF), Sindicato dos Professores do DF (Sinpro DF), Central Sindical Popular Conlutas, os deputados distritais eleitos Fabio Félix e Arlete Sampaio e a deputada federal Erika Kokay.

Para Clayton Avelar, presidente do Sindsasc, o movimento teve início com encaminhamentos e adesões importantes. “Nossa união está cumprindo o seu papel, com a delimitação de ações públicas e com adesões sólidas para que possamos ter sucesso nessa luta”, avalia.

Criado para sensibilizar autoridades e sociedade sobre a pronta reabertura da Casa da Mulher Brasileira, o movimento lançou também um manifesto para fortalecer a defesa da Casa da Mulher Brasileira (CMB). O documento denuncia a negligência no funcionamento da estrutura da unidade de atendimento e na falta de parcerias necessárias para atendimento integral nunca foram seguidas na gestão do equipamento social. A CMB é mantida pelos governos Federal e do Distrito Federal está interditada desde abril deste ano e já deixou de atender a mais de 3 mil mulheres vítimas de violência.

Adesões
A OAB-DF é uma das entidades que declarou apoio ao Movimento em Defesa da Casa da Mulher Brasileira. “Apoiamos o movimento para empoderar e livrar as mulheres do ciclo de violência. A CMB precisa funcionar de maneira plena e integral para que as mulheres tenham um espaço para se livrar da chaga social que é a violência doméstica”, disse a presidente da Comissão de Combate à Violência Familiar da OAB-DF, Lúcia Bessa, presente no evento.

A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) acredita no poder de mobilização pelas mulheres para que a CMB seja reaberta. “A Casa foi criada graças à luta das mulheres deste país. As mulheres vão reabrir aquela casa, com o apoio do Sindsasc e de outras entidades”, pontuou a parlamentar durante o lançamento do movimento.

A causa pela reabertura da casa estará presente na próxima composição da Câmara Legislativa. Os distritais eleitos Fabio Félix (PSOL-DF) e Arlete Sampaio (PT-DF) se uniram ao movimento. “Os números de feminicídios que temos no DF nos mostram a urgência de políticas públicas para responder a essa demanda na sociedade. Estamos na luta em defesa da CMB”, afirmou Félix. Para a distrital eleita Arlete Sampaio “é inadmissível que, na capital da República, um instrumento tão importante para a defesa da mulher esteja fechado”.

Próximos passos
Nesta quarta-feira (12) os líderes do movimento participam de uma reunião no Tribunal de Justiça do DF (TJDF) para que a Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Sedestmidh) exponha sua posição sobre possíveis ações para a CMB. Na Câmara dos Deputados, uma audiência pública deve ser marcada para que seja discutida a situação da unidade de atendimento. O movimento têm se mobilizado para que seja marcada audiência com o governador eleito, Ibaneis Rocha.

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