Sindicato dos Servidores da Assistencia Social e Cultural do GDF

“O desemprego bate à porta dos trabalhadores", alerta a deputada federal Fernanda Melchionna em entrevista ao Sindsasc

03/09/2019 06:46

 

“O desemprego bate à porta dos trabalhadores e é preciso manter a defesa permanentemente”

 

A deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS) fala sobre a tentativa de reduzir os danos da reforma da Previdência para a classe trabalhadora. Para a parlamentar, a mobilização popular deve continuar, pois foi graças à população nas ruas que medidas danosas, como um aumento maior da idade mínima para aposentadoria foram derrubadas nas votações no Congresso Nacional.

 

O texto da reforma da Previdência, aprovado na Câmara com mudanças no texto original e agora tramita no Senado, tem como um de seus principais argumentos um “combate a privilégios.” A senhora entende que esta reforma combate privilégios reais?
Ela não combate privilégios. Na verdade, ela massacra o povo mais pobre. Mesmo a última versão aprovada na Câmara prevê que 80% da “economia”, que o ministro Paulo Guedes diz que ela vai gerar é em cima da população mais pobre que tem uma aposentadoria média de R$ 1.300,00. Essa economia significa dez anos a mais de trabalho, significa um rebaixamento global no rendimento daqueles que conseguirem se aposentar, à medida que muda a maneira de cálculo, significa a exclusão de milhões de pessoas, sobretudo mulheres, que são as que mais sofrem com rotatividade, exclusão e com os baixos salários, significa a exclusão dessas pessoas da Previdência Social.

A PEC 06/2019 ataca uma série de direitos trabalhistas conquistados ao longo de décadas. Quais foram os pontos negativos já derrubados?
Conseguimos reduzir os danos com a derrubada da idade mínima proposta pelo governo para a aposentadoria e da capitalização da Previdência. Conseguimos também derrubar a medida que massacrava o BPC [Benefício de Prestação Continuada]. O governo quer, a todo momento, botar uma transição mais dura para os professores que estão na ativa. Alguns desses pontos negativos que foram derrubados são resultados da nossa luta. É preciso resistir no Congresso, mas essa resistência é insuficiente. Vejo que temos esperanças. Temos o exemplo do 15 de maio, o Tsunami da Educação, uma mobilização com uma dimensão como há muito tempo não se via. As paralisações de 14 de junho também foram fortes. Tenho fé na capacidade de mobilização da juventude. Resultado disso é a popularidade do presidente em queda.

Recentemente foi aprovada a MP 881/2019. O que representa esta medida, que é chamada de “minirreforma trabalhista”?
Essa medida vem imbuída de um discurso de simplificação e colocava várias cláusulas anti trabalhadores, que transformava o trabalho aos domingos em regra, que excluía o pagamento do domingo trabalhado sem o dobro do valor [do dia convencional], além do ponto por exceção que faria com que os trabalhadores não possam registrar suas horas-extras. Várias cláusulas caíram da MP e a questão dos domingos foi derrubada no Senado. Precisamos estar atentos porque existe um movimento das classes dominantes que é muito concreto: se aproveitar um governo de agenda ultraliberal para atacar os direitos da classe trabalhadora. O desemprego bate à porta dos trabalhadores e é preciso manter a defesa permanente mente, da luta, da sindicalização, da mobilização porque as
elites só querem sacanear o povo. Eles dizem que essas medidas são necessárias para combater a crise econômica quando a gente vê que os ricos estão ficando mais ricos no Brasil, os bancos têm tido lucros recordes e o povo está pagando essa conta.


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