A decisão da Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDES) de retirar os brigadistas dos Restaurantes Comunitários (RC) do Distrito Federal tem gerado grande preocupação entre servidores e usuários desses espaços. Embora a Lei do DF não exija a presença obrigatória de brigadistas nos Restaurantes Comunitários, de acordo com uma Portaria de 2011 e uma Nota Técnica do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal de 2009, especialistas e profissionais da área de segurança destacam os riscos dessa medida.
O Sindsasc alerta que a ausência de brigadistas em um local com grande circulação de pessoas, como os Restaurantes Comunitários, aumenta consideravelmente os riscos em situações de emergência, como incêndios, queimaduras e até mesmo cortes acidentais. Os brigadistas são capacitados para realizar o combate a incêndios, prevenir acidentes e prestar primeiros socorros de forma rápida e eficiente, reduzindo significativamente as chances de agravamento das situações de risco.
Recentemente, uma ocorrência no Restaurante Comunitário resultou em uma pessoa ferida, e o brigadista presente foi quem prestou os primeiros atendimentos até a chegada do Corpo de Bombeiros. A presença desse profissional não só garante a segurança dos frequentadores e servidores, mas também facilita uma resposta rápida em momentos críticos.
A Sedes justificou a retirada dos brigadistas como uma medida para contenção de gastos, alegando que os Vigilantes passaram a ser treinados para realizar os primeiros socorros em casos de emergência. No entanto, essa decisão tem sido amplamente contestada, considerando que os brigadistas possuem treinamento especializado para lidar com situações de risco de forma eficaz e rápida, enquanto os Vigilantes, apesar de capacitados para primeiros socorros, não são treinados para ações de prevenção de incêndio e outros riscos associados.
A retirada dos brigadistas dos Restaurantes Comunitários pode trazer consequências graves para a segurança dos frequentadores e servidores desses espaços. Embora a Sedes tenha base legal para tal decisão, a falta de um profissional capacitado para atuar em situações de emergência representa um grande risco. A presença de brigadistas é uma medida preventiva essencial para garantir a integridade física de todos e a correta resposta a acidentes e incêndios.
O sindicato e os profissionais da área de segurança continuam defendendo a volta dos brigadistas nos Restaurantes Comunitários, reafirmando que a segurança dos cidadãos não pode ser negligenciada em nome da contenção de custos.
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10/01/2025
RETIRADA DE BRIGADISTAS DOS RESTAURANTES COMUNITÁRIOS: RISCOS E CONSEQUÊNCIAS