De acordo com propostas da Reforma da Previdência que o presidente eleito Jair Bolsonaro pretende aprovar no Congresso traz graves perdas aos servidores públicos. Entre as novas normas está a idade mínima de 65 anos para que funcionários públicos se aposentarem. A regra passaria a valer para quem ingressou na carreira pública antes de 2003.
A medida não afetaria os servidores da ativa que já possuem os requisitos mínimos para se aposentar. Segundo matéria publicada pelo jornal O Globo, ainda é uma incógnita se a idade mínima será diferente para homens e mulheres. Segundo a publicação, o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que a ideia do novo presidente é fazer a reforma da Previdência "sem correri". Segundo ele, "o governo não quer um remendo, mas um modelo que dure 30 anos".
Filho do presidente e senador eleito pelo PSL, Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) disse, em entrevista à GloboNews, que a reforma não deve ser enviada ao Congresso nos primeiros atos do novo presidente em 2019.
Previdência Privatizada O ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni, afirmou que a equipe de governo defende a implantação de um regime de capitalização para a previdência social no Brasil. Ele citou como exemplo o modelo chileno, que desestatizou o setor na década de 1980 e cada trabalhador contribui para um fundo próprio de poupança, que é administrado por empresas privadas, que podem aplicar os recursos em investimentos. Na opinião de Onyx, o modelo pode impulsionar o crescimento do país no futuro.
"Isso é algo que a equipe sempre defendeu, um regime de capitalização (...) que permita que a sociedade brasileira possa se equiparar, talvez em 7 ou 8 anos, ao Chile, por exemplo. O Chile, com seu regime de capitalização, sustenta o crescimento chileno. Os especialistas dizem, nós temos hoje em torno de 15,5%, perto de 16% do PIB [Produto Interno Bruto, soma dos bens e serviços do país] de poupança interna. Se nós chegarmos a 19% ou 20%, o Brasil tem crescimento sustentável, com recursos próprios, de 3% ao ano, me média. Imagina, se o Brasil cresce uma década 3% ao ano, é emprego sobrando. Então a gente quer trabalhar com esses conceitos. A gente não quer remendo [para a Previdência], quer solução de longo prazo", disse.
Com informações do Metrópoles e Agência Brasil
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
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