O Sindsasc tomou conhecimento de uma possível remoção de toda equipe de servidores do Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam) instalado na estação do Metrô da 102 Sul. Na prática isso significa a extinção da unidade. Somos fortemente contrários a tal medida e esperamos que a Secretaria da Mulher não o faça
Nesse cenário de aumento da violência contra a mulher é fundamental reforçar os equipamentos públicos que estejam em funcionamento. Não é boa política extinguir o que está funcionando. A despeito de inúmeras dificuldades, entre as quais o pequeno contingente de pessoal, é fato que os CEAMs, incluindo o da 102 sul, têm procurado cumprir seu papel como instrumentos preventivos de enfrentamento à violência contra a mulher.
Os números são eloquentes: em 2018 foram 3062 atendimentos nos CEAMs, número que segue uma trajetória ascendente se considerarmos a série histórica iniciada em 2012 que apontou, naquele ano, um total de 2102 atendimentos. Isso demonstra que há demanda para o serviço. A média é de 250 atendimentos ao mês.
A extinção do CEAM 102 Sul certamente deixará um número expressivo de mulheres sem a referência que hoje possuem. Trata-se de um equipamento no qual se realiza o atendimento psicossocial e orientações jurídicas.
Com a mesma veemência que o Sindsasc empunha a bandeira de defesa da Casa da Mulher Brasileira, o faremos em relação ao Centros Especializados de Atendimento à Mulher.
Confiamos no compromisso democrático das gestoras da Secretaria da Mulher e esperamos que nenhuma medida tão abrupta seja tomada.
Brasília, 21 de fevereiro de 2019 Sindsasc
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