O descaso com a Casa da Mulher Brasileira, cuja gestão é compartilhada entre o GDF (Governo do Distrito Federal) e o Governo Federal é agravado pelo aumento dos índices de violência contra a mulher. Matéria publicada pela Folha de São Paulo, com dados do Ministério da Saúde registra que, no Brasil, a cada quatro minutos, uma mulher é agredida por ao menos um homem e sobrevive. No ano passado, foram registrados mais de 145 mil casos de violência — física, sexual, psicológica e de outros tipos — em que as vítimas sobreviveram. Cada registro pode incluir mais de um tipo de violência.
A conclusão vem de dados inéditos do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), obtidos pela Folha via Lei de Acesso à Informação. A reportagem analisou 1,4 milhão de notificações recebidas de 2014 a 2018.
Segundo a publicação, toda vez que uma mulher procura um serviço de saúde, e o agente identifica que ela foi vítima de violência, é obrigado a notificar o caso às secretarias de saúde (o mesmo ocorre para violências sexuais, independentemente do gênero, e violências contra crianças e idosos, entre outros casos).
No Distrito Federal, a Casa da Mulher Brasileira continua fechada, o que consiste em um quadro de insegurança para as vítimas, que ficam sem o dieito aos serviços integrados como, acolhimento, registro de queixa policial, atendimento psicológico e jurídico em um só lugar. Dessa forma, a vítima de violência precisa peregrinar por vários equipamentos públicos em busca de atendimento.
Em janeiro deste ano, o GDF cehgou a anunciar que deve demolir o prédio onde funciona a CMB. Parte dele está interditado desde abril de 2018 pela Defesa Civil.
Ministra Damares não utiliza recursos para a CMB Segundo matéria do El País, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos possui R$ 13,7 milhões reservados no orçamento deste ano para utilizar nas unidades da CMB. O convênio de manutenção do serviço previa um repasse anual de 13,7 milhões de reais. Neste ano, segundo a administração da Casa, nada foi repassado.