Algumas das medidas econômicas adotadas pelo atual Governador do DF são focadas na redução de gastos com as políticas públicas como uma forma de lidar com a crise econômica pela qual passamos. Esse direcionamento vem acompanhado de um discurso que responsabiliza as(os) servidoras(es) para que abram mão de suas conquistas em prol de um suposto bem comum.
Trata-se, na verdade, de um discurso inescrupuloso, porque a população e as(os) servidoras(es) são convencidas(os) de que é necessário sermos solidários uns com os outros, para atravessarmos esse período de crise econômica. O resultado é que, de um lado, a população é conduzida a acusar os servidores de serem mãos-de-vaca; de outro, servidoras(es) se sentem culpadas(os) por lutar pelos direitos que foram conquistados a duras penas.
Porém, é importante notar que as medidas adotadas por Rodrigo Rollemberg são partes de uma escolha de gestão da economia do DF. Ao mesmo tempo em que corta gastos com políticas sociais, o Governador mantém pagamentos de contratos empresariais milionários. Ou seja, mantém os privilégios das corporações na máquina pública, e decide não cumprir as leis que garantiram reposições salariais das(os) trabalhadoras(es).
Para fortalecer o argumento de que os cortes de gastos com o serviço público é um mal necessário, Rollemberg lançou mão da Lei de Responsabilidade Fiscal. E, como parte desse pacote de medidas econômicas, tivemos o aumento do preço das passagens no transporte público e das refeições nos restaurantes comunitários – uma receita amarga!
É, o governo escolheu um lado; resta a nós ter a consciência de qual é o nosso!
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