Com o aval do governo, parte da população do Distrito Federal tem descumprido as normas de isolamento social essenciais e outras medidas para a redução de riscos de contaminação pelo coronavírus. Além disso, o fato de o GDF não fazer testes - mesmo dizendo ter 300 mil deles disponíveis -, agrava a situação. Documento divulgado pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) reforça que as medidas preventivas não devem ser afrouxadas. Ainda não é o momento, já que os números de infectados não diminuíram o suficiente. Também não é o momento para a reabertura das unidades para atendimento presencial generalizado, o que colocaria em risco direto servidores e usuários da assistência social.
De acordo com a publicação da SBI, alguns pontos fundamentais devem continuar a serem seguidos:
- Todo paciente com resfriado ou “síndrome gripal” deve permanecer por 14 dias em isolamento respiratório, uma vez que a Covid-19 deve ser suspeitado. Seus contactantes também devem permanecer por 14 dias em isolamento respiratório. Se outro vírus for diagnosticado laboratorialmente (exemplo positivo para influenza e negativo para COVID-19), deve-se orientar o isolamento respiratório de acordo com o vírus isolado.
- Assintomáticos: somente testes sorológicos, principalmente o IgG, realizados em grande parte da população permitirão dizer qual o percentual da população que foi infectada, sem ficar doente. Estes testes estão em processo de validação no Brasil neste momento.
- 30-50% das transmissões SARS-CoV-2 ocorrem a partir de pré-sintomáticos ou oligossintomáticos; magnitude da transmissão por assintomáticos é incerta.
- Fatores de risco para doença grave: idosos, doença cardiovascular, diabetes mellitus, HAS, doença pulmonar crônica, doença renal crônica, neoplasias.
A SBI informa que a infecção por SARS-CoV-2 pode ser dividida em três estágios. O primeiro é o período de incubação assintomática com ou sem vírus detectável. O segundo, o período sintomático não grave com presença de vírus, e o terceiro estágio é o sintomático respiratório grave com alta carga viral.
O documento, fonte de importante alerta a todos, foi produzido pelas seguintes entidades: Associação Brasileira dos Profissionais em Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar (ABIH); Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisidologia (SBPT), Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed), Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib), Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (IMT-USP) e Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN).
Foto: Agência Brasil
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