Atribuições de nova secretaria são de competência de pastas já existentes como Sedes, Sejus e Secretaria da Mulher
Foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta segunda (28 de setembro) a criação da Secretaria Extraordinária da Família com a nomeação do pastor e ex-deputado federal pelo Rio de Janeiro (PRB) Léo Vivas. A medida do Governo do Distrito Federal (GDF), tanto de criar essa questionável secretaria, quanto de nomear um pastor denota que Ibaneis tem usado pastas do Executivo para fazer cabides de emprego e de criar um cargo político destinado à Igreja Universal, sem nenhum interesse público.
Segundo levantamento do portal Metrópoles, foram publicados 59 nomes para assumirem funções na nova secretaria. “Além do gabinete, a secretaria terá uma coordenação de formação, desenvolvimento e fortalecimento da Família; uma diretoria de políticas e promoção da família; uma gerência de enfrentamento à violência e desafios sociais no âmbito familiar; uma gerência de fortalecimento dos vínculos familiares; diretoria de projetos; gerência de planejamento; gerência de produção e execução de eventos; diretoria de assuntos religiosos; e gerência de atendimentos acompanhamento de demandas”.
O Sindsasc reitera que o fortalecimento de vínculos familiares é parte da política de assistência social, inscrito na Lei Orgânica da Assistência Social (Loas). Portanto, essa atuação compete à Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes). Já o enfrentamento à violência já consta como serviço e programa da Sedes, da Secretaria de Justiça (Sejus) e da Secretaria da Mulher.
Conservadorismo A criação de uma secretaria no DF com esse nome e, ainda por cima chefiada por um pastor da Igreja Universal, dá fortes indícios de mais conservadorismo por parte de Ibaneis. A nova pasta, remete ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, comandado por Damares, uma conservadora, e também pastora neopentecostal, Damares Alves, que tem se valido do ministério para propagar preceitos preconceituosos que atacam os direitos humanos em lutas como os direitos das mulheres, da comunidade negra e da comunidade LGBTIAP+.
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