A reforma administrativa de Bolsonaro prejudica toda a sociedade, ataca o servidor público, afeta os investimentos públicos e favorece a corrupção no Brasil. O argumento usado pelos defensores da reforma arquitetada por Paulo Guedes de que os servidores públicos recebem salários altos. Mas isso não procede, pois 57% dos servidores têm salários de menos de quatro salários-mínimos.
A reforma administrativa, que também é apoiada por Rodrigo Maia abre caminho para desvincular gastos públicos. Ou seja: saúde, educação e assistência social não terão mais percentuais mínimos definidos de investimento. O projeto está nas mãos do Congresso Nacional e atinge os atuais servidores porque acaba com a progressão por tempo de serviço, uma importante conquista da carreira.
A PEC da Rachadinha, como é conhecida a reforma administrativa, permite ao governo extinguir órgãos e serviços públicos. Isso abre uma brecha para a atuação das milícias, que costumam atuar, por meio do medo, onde o estado deixa de agir.
Caso a reforma não seja derrubada, a quantidade de servidores de carreira vai ser drasticamente reduzida, o que aumenta a contratação de apadrinhados. Isso faz crescer o patrimonialismo, que é o uso do público como se fosse privado. O fim da estabilidade dos servidores públicos, a quem Bolsonaro tanto ataca serve para se criar uma grande legião de puxa-sacos remunerados no setor público.
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