Sindicato dos Servidores da Assistencia Social e Cultural do GDF

Servidoras(es) da Casa Abrigo contestam depoimento de Secretária na CPI

26/10/2020 12:33

ÉRIKA FILIPPELLI EXPÔS NEGATIVAMENTE A EQUIPE

Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa, que investiga o feminicídio no DF, a Secretária Érika Filippelli fez afirmações consideradas ofensivas, inverídicas e deturpadas, sobre o trabalho desenvolvido na Casa Abrigo.
 
A audiência na CPI ocorreu em 19/10 e a resposta das servidoras e servidores veio a público em 22/10. O documento, produzido coletivamente, tem apoio do SINDSASC. 
 
Segundo o documento, os dados apresentados pela secretária "são inverídicos e retirados de contexto". Expondo negativamente a equipe que trabalha na Casa Abrigo, Filippelli apresentou supostos dados referentes a licenças médicas obtidas num período de 12 anos, a fim de parecerem exagerados, quando, na verdade, mesmo se considerarmos verdadeiros, os dados apresentados por Érika Filippelli representam uma média de 2 atestados ao mês, o que não é nada absurdo.
 
Interessante que a secretária não se dá ao trabalho de saber as razões dos adoecimentos, não dando muita importância para as condições de trabalho que ela, como responsável pelos equipamentos públicos, deveria oferecer. 
 
Demonstrando desconhecimento sobre como funciona a Casa Abrigo e, pior, demonstrando desconhecer o percurso da violência contra a mulher, a senhora Filippelli chegou a sugerir que não há atendimentos no período noturno. Segundo levantamento apresentados por servidores, neste ano de 2020 as entradas no período noturno perfazem 51% do total. Isto é: mulheres vítimas de violência e com risco de morte entraram na Casa Abrigo principalmente no período das 19h às 7h. 
 
Esse dado revela a importância da manutenção da jornada vigente, com escala de 24x72h. Essa escala faz com que as servidoras excedam, semanalmente, em 8h a jornada definida na Lei 840/2011, que é de 40h semanais, porque fazendo dois plantões semanais de 24h cada, totalizam 48h de trabalho, quando o certo seria 40h. Decorre, dessa constatação, a necessidade de compensar as horas excedentes trabalhadas.
 
Esses foram alguns pontos abordados pela secretária Filippelli em seu depoimento à CPI, os quais foram respondidos com altivez e responsabilidade pela equipe. O sindicato expressa solidariedade e apoio às servidoras e servidores da Casa Abrigo. 
 
Esperamos que a CPI ouça o outro lado. 
 
Quem de fato mantém a Casa Abrigo funcionando, apesar das precariedades, é quem trabalha naquele equipamento. Uma Secretária de Estado deveria ter mais compostura ao se referir a um serviço público tão essencial. 
 


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