Matéria publicada pela revista Crusoé evidencia a vida de magnata e a extravagância de Ibaneis Rocha, que leva uma vida luxuosa e promove eventos caros para figurões da política e do Judiciário, o que favorece o estreitamento de relações e não separação entre o público e o privado. Com a matéria, fica evidente o descaso do governador com o povo, com as políticas sociais, enquanto ele faz questão de esbanjar estilo de vida e negócios (muitos suspeitos) que o fazem ser um "novo rico" ostentador.

Quanto aos negócios como advogado, a revista mostra que o escritório de Ibaneis teria beneficiado um outro escritório jurídico, de um amigo do governador, que teria uma quantia a receber por meio de precatórios devidos pelo Governo do Distrito Federal. O episódio, relatado na matéria, mostra um suposto favorecimento de liberação de dinheiro público para pagar a uma empresa que fornecia alimentos à estrutura do GDF por meio de contratos milionários, sendo que essa empresa se tornou a maior credora do GDF. Segundo a apuração da Crusoé, Ibaneis teria passado essa empresa na frente de outras que estavam na fila para receber precatórios do governo local.

As relações de Ibaneis com advogados que representam empresas com dinheiro a receber de GDF envolve uma longa lista, caracterizando uma série de conflitos de interesses que ajudariam a favorecer essas empresas em detrimento de outras. 

Reis do gado
As incursões suspeitas de Ibaneis, relatadas pela Crusoé, envolvem ainda negócios como o arrendamento (por valor não divulgado) de uma fazenda em Uberaba (MG) que pertence a Jorge Picciani, ex-deputado estadual do Rio Janeiro e colega de partido de Ibaneis. A propriedade não pode ser vendida por estar judicialmente bloqueada por suspeita de ter sido usada para lavar dinheiro. Seu dono, Picciani, chegou a ser preso durante a Operação Lava Jato. 

Ainda na onda da ostentação, Ibaneis tem promovido leilões de gado, eventos em que lances podem chegar a milhões de reais e são transmitidos por um canal de TV especializado no negócio. Um desses eventos, segundo a Crusoé, foi patrocinado pelo Banco de Brasília (BRB).

Os conflitos de interesses parecem não preocupar Ibaneis, conforme mostra a reportagem. Exemplo disso é o fato de o BRB ter dado ao Flamengo, time do governador,, um patrocínio de R$ 96 milhões. O Ministério Público de Contas chegou a pedir que os pagamentos fossem suspensos. 

Em outro movimento estranho relatado pela revista, um ex-funcionário do departamento de marketing do time carioca foi nomeado assessor da Secretaria de Comunicação do GDF.

Milhões em publicidade
Assim como o Sindsasc já apontou diversas vezes, Ibaneis é muito chegado em gastar desmedidamente com publicidade para o seu governo. O Ministério Público suspendeu a tentativa dele em usar R$ 63 milhões de verbas destinadas ao combate à Covid para pagar campanhas de publicidade, conforme a revista.

Ibaneis teria ainda favorecido uma produtora de vídeos que produziu material da sua campanha eleitoral. A empresa aparece como subcontratada de duas outras agências contratadas para criar as campanhas de propaganda do GDF em contratos milionários.

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