Segundo dados da Secretaria de Desenvolvimento Social, até o final de janeiro havia mais de 34 mil pessoas aguardando agenda para atendimento na assistência social. Esse número refere-se exclusivamente aos CRAS. Se adicionarmos os demais equipamentos, esse número deve ser maior.
A procura por agenda se faz principalmente via 156, serviço terceirizado e de baixa qualidade.
A essas pessoas que aguardam um simples agendamento, devemos acrescentar as que já foram agendadas, e as que já foram agendadas e atendidas. Aí teremos a dimensão mais aproximada do quanto é solicitada a assistência social e do quanto há carência de pessoal para atender a população.
Segundo a própria Sedes, com dados de novembro do ano passado, havia 611 vacâncias a serem preenchidas. Ou seja: 611 servidores a menos no atendimento a esse serviço considerado essencial.
Apesar do imenso esforço realizado pelos servidores, é simplesmente impossível atender a toda essa demanda sem a imediata reposição de todas as vacâncias, coisa que a Secretaria reluta em fazer, acompanhando uma posição exclusivamente ideológica que predomina no GDF e em particular na Secretaria de Economia. Trata-se da ideologia neoliberal do Estado Mínimo, a mesma que tantos males têm causado ao Brasil e ao mundo.
A presente crise tem demonstrado que o Brasil precisa de mais estado, não menos. Imaginem o que seria da população se não existissem o SUS e o SUAS. Certamente o desespero e as crises social e econômica seriam ainda maiores.
Por isso o Sindsasc exige IMEDIATA REPOSIÇÃO DE TODAS AS VACÂNCIAS NA ASSISTÊNCIA SOCIAL. A nomeação de apenas 112 servidores, como pretende a Sedes, é irresponsável e inaceitável.