Unidade não tem espaço nem equipe própria

Um dos sintomas do descaso de Ibaneis Rocha com a assistência social, além de nomear uma secretária por critérios bastante discutíveis, está na criação de novas unidades sem que as condições estejam dadas. Nos referimos, fundamentalmente, a espaço físico e quantitativo de servidores.  A Secretaria de Desenvolvimento Social decidiu criar o Creas de São Sebastião. O problema é que não há imóvel para instalar a unidade. Se houver improviso como instalar em sala da administração regional ou forçar a divisão de espaço com o Cras, o Sindsasc vai denunciar esse descaso. 

Tão ou mais grave é criar unidade sem que haja pessoal em número suficiente. Fomos informados que não há agente social. O sindicato desconhece os critérios adotados pela Sedes para lotar servidores na nova unidade. Qualquer expediente que não parta do oferecimento das vagas, de forma transparente, pode significar descumprimento do princípio da impessoalidade.

Outro grave problema: ao que parece a Sedes deseja terceirizar o requerimento de benefícios e até mesmo a entrega dos mesmos. Se isso se confirmar, será um imenso retrocesso na política pública de assistência social. Abre-se espaço para práticas condenáveis verificadas no passado, inclusive o uso político como, aliás, já ocorre por parte da secretária, que não se envergonha em usar perfis oficiais da Sedes para autopromoção. 

Como um equipamento público tão importante como um Creas pode ser tratado com tamanho improviso? O Sindsasc é favorável a criação de novas unidades na assistência social, não somente Creas, mas isso deve ser feito de forma responsável, o que exige, antes de mais nada, a imediata reposição de todas as vacâncias na assistência social, porque sem isso não haverá servidor em número suficiente. Outra exigência é que haja instalações físicas adequadas, sem colocar a assistência numa condição subalterna a administrações regionais ou forçando divisão dos insuficientes espaços físicos que dispomos. 

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