Ministros e comandantes parecem incomodados com as investigações que apontam possível corrupção envolvendo oficiais das Forças Armadas
Em nota divulgada nesta quarta (7 de julho), os comandantes das três Forças Armadas, além do ministro da Defesa, atacaram violentamente o senador Omar Aziz (PSD-AM). A cúpula militar se sentiu incomodada com uma fala do senador que mencionou a existência de uma "banda podre" entre militares das Forças Armadas.
Aziz se referia aos militares até agora alcançados pela investigação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, incluindo o general Pazuello. Por acusação de imperícia, prevaricação e peculato, as investigações podem chegar até oficiais das três armas. Ao contrário do que afirma a nota da cúpula militar, o senador não generalizou e não demonstrou desrespeito.
É de domínio público que os oficiais das Forças Armadas têm imensos privilégios, realidade muito distinta da ampla maioria dos servidores públicos civis. A imprensa apresentou documentos relatando que filhas de militares recebem pensões superiores a R$ 100 mil por mês. Esses mesmos militares não só foram poupados da Reforma da Previdência como receberam vultosos reajustes no atual governo.
Um número incrivelmente alto de oficiais das Forças Armadas armas têm cargos comissionados no governo federal e também foi constatado que despesas consideráveis com produtos supérfluos, incluindo bebidas alcoólicas, foram destinadas às Forças Armadas no orçamento da União.
Uma ressalva há de ser feita, porém, na fala do senador Omar Aziz: a historiografia brasileira demonstrou fartamente que houve muita corrupção durante a ditadura militar. Não era conhecida porque a imprensa era submetida a rigorosa censura. Jornalistas foram perseguidos, muitos presos e houve assassinatos praticados em dependências do Estado, como o conhecido caso do jornalista Wladimir Herzog.
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