MANIFESTO DE SERVIDORES(AS) DO CRAS ARAPOANGA E DO SINDSASC
Desde que foi inaugurado em 2010, o CRAS ARAPOANGA nunca teve a estrutura necessária para um bom atendimento, que é direito do cidadão e deveria ser fornecida pelo Governo do Distrito Federal, mas nos últimos dois anos o que já estava ruim, está piorando. Do final de 2014 para cá, o quadro de servidores foi drasticamente diminuído (foram removidos 8 servidores e não ocorreu reposição), o CRAS foi retirado do seu território forçando a população percorrer um trajeto muito distante para conseguir atendimento, as cestas emergenciais e auxílios estão demorando ainda mais para serem liberados, o serviço de PAIF (Programa de Atenção Integral a Família) não é executado, o socioeducativo foi desmantelado e a capacidade de atendimento da Acolhida, da Equipe Técnica e do Bolsa Família caiu para mais da metade.
Existe uma norma que disciplina o atendimento da assistência social no Brasil, chamada NOB-SUAS (Norma Operacional Básica do Sistema Único da Assistência Social), que prevê a necessidade de um CRAS a cada cinco mil famílias em vulnerabilidade na região com uma equipe mínima de 8 profissionais (4 técnicos de nível médio e 4 especialistas - sendo no mínimo 2 assistentes sociais e 1 psicóloga), cuja capacidade de atendimento máxima é de até 1000 (mil) famílias por ano. Atualmente o CRAS Arapoanga atende uma área de abrangência com mais de vinte mil famílias vulneráveis e tem apenas 9 servidores ativos (3 auxiliares, 5 técnicos e apenas 1 especialista - que é pedagoga) atendendo por volta de 1200 (mil e duzentos) famílias por mês, ou seja, está fazendo o serviço de quatro CRAS, está atendendo 10 vezes mais do que a capacidade máxima e contando com um quadro de funcionários que não é suficiente nem para apenas um CRAS atender conforme a lei.
Diante do quadro de total descaso do governo com a prestação do serviço social às comunidades do Arapoangas (e condomínios próximos), Vale do Amanhecer, Quintas do Amanhecer e zona rural de Planaltina (Taquara, Vila São José, Pipiripau, Rio Preto, etc), cujos moradores estão com seus direitos violados e dignidade desrespeitada pelo próprio Estado (muitas vezes precisando se arriscar dormindo na fila para conseguirem atendimento e aguardando meses para uma respostas as suas solicitações), os servidores da Carreira Pública de Assistência Social que atuam no CRAS Arapoanga resolveram paralisar suas atividades por 3 dias (16, 17 e 18 de agosto) para reivindicar:
Retorno do CRAS Arapoanga para perto das comunidades atendidas;
Reforço no quadro de funcionários para aumentar a capacidade de atendimento;
Agilidade na entrega os auxílios e das cestas emergenciais à população;
Acessibilidade às pessoas com necessidades especiais;
Adequação do CRAS Arapoanga a Norma Operacional Básica do Sistema Único da Assistência Social.