O Serviço de Acolhimento para Adultos e Famílias (Saiaf), localizado na área onde funcionava o antigo Albergue do Areal, tem sofrido não só com o desmonte e falta de estrutura mas também com a negligência, por parte do próprio governo, quanto às respostas de importantes demandas, necessárias à execução do serviço prestado. 

Considerada pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) como uma alternativa para atender a diferentes interesses políticos, a unidade, onde hoje é executado o serviço de acolhimento, vem sofrendo com instabilidades e incertezas provenientes da decisão do governo do DF de construir, no local, um Restaurante  Comunitário,  conforme noticiado pelo governo em publicação no site da secretaria.

A construção, no entanto, se dará em uma área onde hoje são servidas as refeições dos 150 acolhidos da unidade, que ficarão sem local para a realização das refeições, pois a unidade não conta com nenhuma outra estrutura a ser utilizada para tal finalidade, além dos demais setores que também funcionam na mesma edificação já mencionada e que igualmente serão desalojados com o início das obras.

Considerando a justa preocupação com a iminente construção do Restaurante Comunitário e seus desdobramentos e diante das falhas de uma comunicação oficial, a coordenação da unidade, em 07 de maio de 2021, abriu processo SEI em busca de respostas e informações acerca da adequação da estrutura. É importante  destacar que a adequação mencionada, que busque viabilizar um novo refeitório para o atendimento aos acolhidos, bem como os demais ajustes, precisa ocorrer, necessariamente, antes do início das obras de construção do Restaurante. 

Lamentavelmente, decorridos mais de três meses desde a abertura do processo, a ausência de informações ainda persiste, chancelando a prática do governo quanto à falta de transparência em seus atos e o processo permanece sem respostas ou movimentações, parado desde 9 de agosto de 2021 na Suag/Ulom/Decop . 

Exigimos que a Sedes se posicione o mais breve possível de forma a garantir que o serviço, além dos contratempos da falta de investimento, não venha a sofrer ainda mais com os prejuízos provenientes da inércia e do descaso.

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