Ativistas de movimentos sociais, sindicais e políticos reuniram-se em 04/03/2023, na sede do Sindicato dos Urbanitários do DF - Stiu, no Seminário organização, território e luta de classes: construir a frente antifascista, o qual concluiu* pela necessidade de fundar uma Frente Antifascista, em busca da organização, formação e mobilização na defesa dos interesses das classes trabalhadoras e populares diante dos ataques fascistas em curso no Brasil.

 

O fascismo como fenômeno histórico tem diversas interpretações e explicações, a principal é seu papel como forças do capitalismo e do imperialismo, usadas para impor políticas neoliberais e retirar conquistas históricas que buscam avançar na dignidade e soberania humana. O fascismo, movimento radical de extrema-direita, desenvolve a extrema violência e propaga a intolerância contra os que considera seus adversários, especialmente a classe trabalhadora organizada, visando aprofundar ao máximo a exploração e opressão sobre esta classe.

 

No Brasil, desta terceira década do século XXI, o fascismo e o bolsonarismo são uma única linha contra o povo. Têm as mesmas lideranças e os mesmos seguidores. Por isso, ser antifascista é necessariamente ser antibolsonarista.

Em nosso país o fascismo tem forte penetração nas instituições estatais, principalmente militares. Nesse sentido, temos a compreensão de que o fascismo não pode ser derrotado definitivamente por meio das instituições, mas somente pela organização dos trabalhadores e trabalhadoras.

 

A extrema-direita sofreu uma derrota eleitoral em 2022 e tentou um golpe de estado por não respeitar o resultado das urnas. Promoveu atos terroristas em diversas regiões do país, porém, de forma mais nítida em Brasília. Isso ocorreu no dia diplomação do presidente eleito, em 12 de dezembro. Na véspera de Natal com uma tentativa de explosão de veículo carregado de combustível, nas proximidades do Aeroporto Juscelino Kubstichek. Depois, no dia 8 de janeiro, uma semana após a posse do presidente Lula, bolsonaristas invadiram, depredaram e furtaram objetos nas sedes dos três poderes da República. Tudo com a conivência e participação de setores policiais e militares.

 

Mesmo derrotada na eleição presidencial, a extrema-direita bolsonarista, de índole fascista, continua fortemente organizada e atuante. Tem expressão na grande mídia e nas redes sociais, tem representação no Parlamento e seguidores no Poder Judiciário, no Ministério Público e, de modo muito expressivo, nas diversas áreas do aparato repressivo do Estado, em âmbito federal, estadual e municipal.

 

Unir os diversos segmentos sociais e políticos em oposição ao fascismo bolsonarista é uma tarefa não só imprescindível como inadiável. Fazemos um chamado às diversas organizações sociais e políticas, sobretudo às que representam a classe trabalhadora e que tenham representação no Distrito Federal, a se somarem à Frente Antifascista do DF.

 

Essa Frente estará aberta para novas entidades que queiram aderir, pra unificar ações, pela apuração, julgamento e punição dos fascistas, sem anistia para os terroristas, assim fortalecer a luta da classe trabalhadora e do povo brasileiro na construção de uma sociedade mais justa, solidária e igualitária, livre do fascismo.