A edição do Jornal de Brasília desta quarta, informa que a alta de casos de feminicídio assusta o GDF. A matéria informa ainda que "no Distrito Federal, a principal motivação para o crime gira em torno de ciúmes e sentimento de posse dos parceiros e ex-parceiros, sendo estes os principais responsáveis pelo crime, em 75% dos casos".
Ainda que o combate ao crime seja atribuição prioritária da segurança pública, é evidente que uma política de enfrentamento à violência contra a mulher, em caráter preventivo e protetivo, é cada vez mais necessária. Precisamente aí entra o papel da Secretaria da Mulher.
As estatísticas da violência contra a mulher são terríveis e certamente seriam piores não fosse o trabalho desenvolvimento nos equipamentos da Secretaria da Mulher e também na Sejus e Secretaria de Desenvolvimento Social.
O governo, corretamente, prevê a implantação de novas Casas da Mulher Brasileira. Há que se reconhecer, todavia, que a Secretaria da Mulher não possui servidoras(es) em número suficiente para abrir novas unidades. Face a essa situação, entendemos que quatro providências devem ser tomadas, urgentemente:
1-Elucidar em definitivo a situação dos excedentes do concurso público de 2018, neste momento em discussão no Tribunal de Contas;
2-Acelerar a tramitação para um novo concurso na carreira da assistência social;
3-Ampliar a jornada para 40h a todos(as) que solicitaram na Secretaria da Mulher, assim como na Sejus;
4-Considerando a convergência de propósitos dos equipamentos da Secretaria da Mulher com os da Sedes (CREAS e SAIM, por exemplo) e Sejus (Pró-Vítima), todos atendidos pela mesma carreira, fazer um debate sobre como estabelecer um fluxo entre esses equipamentos, a fim de melhor organizar e potencializar o enfrentamento à violência contra a mulher, ressaltando o caráter preventivo e protetivo.
O Sindsasc, em nome da categoria, reitera seu compromisso com as políticas públicas nas quais atuamos.