Sindicato dos Servidores da Assistencia Social e Cultural do GDF

NOTA DO SINDSASC SOBRE A ABERTURA DE SERVIÇO DA SAMIDH SEM SERVIDORES SUFICIENTES

07/03/2017 06:56

NOTA DO SINDSASC SOBRE A ABERTURA DE SERVIÇO DA SAMIDH SEM SERVIDORES SUFICIENTES

 

No último dia 03 de março aconteceu na Câmara Legislativa uma Audiência Pública que tratava da grave questão dos casos de feminicídio no Distrito Federal.  Dentre os vários problemas para o enfrentamento desse crime trazidos a discussão, destaca-se o fato de que os serviços de enfrentamento à violência contra a mulher do DF estão com um número insuficiente de servidores para o seu funcionamento adequado. À título de exemplo, a Casa da Mulher Brasileira tem menos da metade dos servidores necessários para que funcione 24 horas por dia. O CEAM da Ceilândia conta com apenas 3 especialistas para atender toda a região da Ceilândia, Taguatinga, Brazlândia e Entorno.

Para o espanto e estranheza do SINDSASC, tomamos conhecimento que nesse dia 08 de março, o Governador Rodrigo Rollemberg anunciará a abertura do 10o do Núcleo de Atendimento à Família e Autores de Violência Doméstica. O que preocupa o SINDSASC é como a Secretaria Adjunta da Mulher, Igualdade Racial e Direitos Humanos - SAMIDH pretende abrir mais um serviço sabendo que há carência de servidores em praticamente todos os órgãos de enfrentamento à violência. Será que, mais uma vez, caberá o ônus aos servidores de sustentar mais um serviço que já nascerá precário? O SINDSASC não é contrário a expansão de serviços essenciais a população mas se preocupa quando a SAMIDH faz isso de forma irresponsável, sem se ter atenção à carência e dificuldade de outros serviços já existentes.

É bem sabido que o Governo Rollemberg tem índices de popularidades baixíssimos em função da sua inabilidade de gerir a coisa pública. Estamos a menos de dois das próximas eleições e o Governo Rollemberg precisa mostrar uma agenda positiva para a população. Parece bastante razoável que a “inauguração” desse serviço em pleno Dia Internacional da Mulher atende a esse serviço meramente político do governo. Se o Governo Rollemberg tivesse, de fato, o interesse de contribuir para o enfrentamento à violência contra mulher, teria autorizado a realização para o concurso da Carreira Pública da Assistência Social que preenche os cargos desses serviços. Vale ressaltar que a autorização desse concurso foi uma das reinvindicações para o término da última greve e que o governo, sem nenhum constrangimento, descumpriu. O estado de abandono desses serviços é preocupante. É lamentável que o governo queira se promover politicamente em cima de uma tragédia social que aflige milhões de mulheres no Brasil e no mundo sem oferecer aos servidores que lidam com essa temática as condições necessárias para tal.  


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