Nas últimas semanas tem havido um verdadeiro bombardeio de contra-informação na grande imprensa, sempre defendendo interesses do capital financeiro – ou seja, dos milionários e bilionários – no sentido de forçar o governo federal a adotar um “ajuste fiscal” de caráter antinacional e antipopular.
Defendem cortes de gastos, mas só dos gastos referentes à parcela mais pobre da população. Querem prejudicar a imensa maioria do povo brasileiro acabando com os investimentos mínimos em saúde e educação, conforme prevê a Constituição. Além disso, pretendem acabar com a política de valorização do salário-mínimo e desvincular o BPC (Benefício de Prestação Continuada).
Essa mesma lógica é a que defende novas reformas previdenciárias, o fim da estabilidade do servidor público, o confisco de aposentadorias com elevadas contribuições previdenciárias e a abertura generalizada para terceirizações e privatizações, como tem ocorrido em São Paulo.
Dizem que o governo tem gastos elevados, mas não consideram que quase 50% do orçamento da União é destinado ao rentismo, ou seja, ao capital financeiro, o qual se beneficia com as decisões do Banco Central (controlado por eles) e sua política de juros elevados.
Escondem que o Brasil é um dos únicos países do mundo que não cobra impostos sobre lucros e dividendos, beneficiando exclusivamente os milionários e bilionários, porque a classe trabalhadora, a classe média e os micro, pequenos e médios empresários, são fortemente tributados.
Não dizem que o poderoso agronegócio vive de generosos subsídios concedidos pelo BNDES, cuja fonte de recurso é o (FAT) Fundo de Amparo ao Trabalhador, portanto dinheiro da classe trabalhadora. Não informam que a desoneração sobre a folha de pagamentos, para efeito de contribuição previdenciária, beneficia grandes grupos econômicos, inclusive da própria imprensa comercial.
Recentemente a aliança dos neoliberais com a extrema-direita na Câmara dos Deputados impediu a taxação das grandes fortunas, o que pode inviabilizar a redução de impostos para a imensa maioria da população, via correção da tabela do imposto de renda ou isenção deste imposto para os que ganham menos.
O Brasil tem aproximadamente 374 bilhões de dólares em reservas internacionais, que é uma espécie de poupança feita pelo Estado brasileiro. Isso nunca é lembrado quando a grande imprensa convida supostos especialistas para suas análises econômicas, sempre marcada por uma mera pregação ideológica. Essa imensa reserva internacional é uma garantia que o país tem diante de eventuais emergências financeiras.
O Sindsasc é contra o ajuste fiscal sobre a classe trabalhadora. O verdadeiro ajuste que o país precisa é sobre a absurda e vergonhosa desigualdade social. Estamos dispostos a participar dos movimentos que, esperamos, sejam criados em âmbito nacional e que façam o caminho diametralmente oposto ao que está sendo imposto, via grande imprensa, pela meia-dúzia de privilegiados da “Faria Lima”.
Brasília(DF), 11/11/2024 – Diretoria do Sindsasc
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