O sistema capitalista se sustenta na produção de desigualdades sociais, as quais são ampliadas a cada dia. Se existem bilionários é porque existem miseráveis, e vice-versa. A tendência é de maior concentração de riqueza em um restrito número de herdeiros, corruptos, monopolistas. De outro lado, a tendência é de ampliação da miséria, inclusive nos países ricos.
Pesquisa da Oxfam Brasil, uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos, demonstra a real origem das imensas fortunas de um número extremamente restrito de pessoas. A conclusão que se impõe é óbvia: estamos diante da formação de uma aristocracia com domínio mundial.
No Brasil essa aristocracia é mais conhecida como "mercado". A prevalência das posições do "mercado" na grande imprensa, no Congresso Nacional e na maior parte dos governos, nos diversos níveis, é o que traz imensos prejuízos à classe trabalhadora.
Especificamente em relação aos servidores públicos, as exigências do "mercado" são: 1) seguidas reformas da previdência, as quais dificultam o acesso à aposentadoria e sugam os proventos dos aposentados; 2) reforma administrativa, para acabar com a estabilidade do servidor e ampliar as terceirizações e privatizações; 3) redução de verbas para saúde, educação, cultura, assistência social.
É papel dos sindicatos e de todas as organizações trabalhistas, de cunho social ou político, alertar para esse estado de coisas e trabalhar para a união, organização e mobilização da nossa classe.