Sindicato dos Servidores da Assistencia Social e Cultural do GDF

“Os governos federal e do DF desprezam políticas públicas e seu próprio capital humano os servidores”, diz Everardo Aguiar a O Social

22/07/2019 08:21

Na última edição de O Social, entrevistamos o criador da plataforma DF em Movimento, Everardo Aguiar. Na entrevista, publicada originalmente em O Social, o jornal do Sindsasc, ele avalia a aplicação de políticas sociais e a eficiência da interação entre a população carente e a assistência social. Ele
defende a ampliação da participação da sociedade civil organizada junto ao público da assistência social.


Num panorama geral, como você avalia o nível de prioridade que o GDF empenha à assistência social?
O que está acontecendo na assistência social é o que está acontecendo no País. O governo federal com sua política de restringir o investimento em políticas públicas rebate nos estados de forma prática. Em outros governos havia programas sociais populistas, mas, pelo menos, elas existiam. Estamos diante de uma dificuldade na qual os governos federal e do DF desprezam essas políticas públicas e desprezam o seu próprio capital humano. Não faz parte da estratégia desses governos fazer que a assistência social cumpra seu papel constitucional. Temos gestores que não possuem experiência com essas pautas. Isso é um equívoco! O atual governo do DF não tem capacidade de diálogo nem base social.

Como pode ser construído um caminho de ação efetiva entre quem promove a assistência social, quem nela trabalha e as pessoas que precisam dela?
Temos as redes sociais locais, também chamadas de ambientes colaborativos, que vão além dos partidos políticos e dialogam para efetivar essa política pública, que está na Constituição. O Estado não consegue efetivar suas políticas públicas porque elas são formuladas de forma fragmentada. Nos ambientes colaborativos têm que estar presentes o Estado, os servidores públicos, sociedade civil organizada que tem atuação nas localidades onde as políticas são efetivadas. Essas redes sociais locais estão um passo à frente na boa governança local.

Você considera que o governo do Distrito Federal é eficiente para integrar, ouvir e atender a população que mais precisam do Estado?
Essas ferramentas não alcançam quem mais precisa das políticas públicas do Estado. As pessoas que precisam de assistência costumam usar só o Whatsapp. As redes usadas pelo governo na internet são insuficientes. Elas são frias e não promovem interação social. Creio que vai demorar para que as pessoas compreendam que a internet não substitui os ambientes colaborativos, afetivos para efetivar políticas públicas locais.

Nem todo o público da assistência social possui acesso à internet. Como chegar a esse público e como fazer com que tenham acesso à ajuda que necessita?
As pessoas que mais precisam do Estado não veem na internet uma solução. Precisamos ter contato direto com essa população, indo além dos CREAS, CRAS, dos restaurantes comunitários. Poderíamos, por exemplo, ter exibição pelos aparelhos de TV desses locais para explicarcomo funcionam órgãos públicos, como requerer seus cireitos e informar como o CRAS e o Conselho Tutelar. Poderiam exibir oficinas de capacitação enquanto o público espera por atendimento nesses locais. É preciso que o atendimento envolva afeto, que os servidores tenham melhores condições de trabalho para que isso possa ser efetivado.

 

 


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