Uma das grandes vantagens trazidas pelos estudos científicos é a derrubada de mitos e "fake-news" costumeiramente alardeados pela extrema-direita e pelos neoliberais. Um desses mitos é um suposto inchaço da máquina pública.
Segundo pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), divulgado no Portal UOL, o Brasil tem grande deficiência em número de servidores, o que impacta negativamente na oferta de serviços públicos considerado essenciais, entre eles a saúde e a assistência social.
O que mais se destaca na pesquisa é a relação direta entre a maior qualidade de vida da população e a quantidade de servidores públicos. Nesse quesito os países escandinavos estão bem à frente. Dinamarca, com 30% de servidores públicos em relação ao total de trabalhadores(as), e a Suécia com 29%, são os principais.
O Brasil tem apenas 12,4% de servidores em relação ao conjunto dos trabalhadores. Essa defasagem é gritante se analisarmos a situação específica da carreira pública de assistência social no Distrito Federal, onde se constata que os três cargos (auxiliar, técnico e especialista) têm menos de 50% de ocupação, embora a demanda pelos serviços tenha aumentado consideravelmente nos últimos anos.
Quando se fala de necessidades da ampla maioria da população, uma verdade científica se impõe: o Brasil precisa de mais Estado, não de menos.