SOBRE A REPRESENTAÇÃO SINDICAL NA CARREIRA SOCIOEDUCATIVA
I – Sindicalismo chapa branca
A atual direção do SINDSASC entende que a legitimidade de um sindicato não está condicionada a reconhecimento de governos, mas ao reconhecimento por parte da categoria representada.
Por isso evitamos recorrer ao Ministério do Trabalho (MTE) quando o SINDSSE não possuía sua Carta Sindical, por reconhecermos que essa entidade representava e representa uma parte da categoria.
O SINDSSE, entretanto, numa postura autoritária, antidemocrática e antissindical, acionou o MTE para suspender o registro sindical do SINDSASC. Antes disso, e de forma descabida, a própria SECRIANÇA, por intermédio da AJL, tentou interferir na livre organização dos(as) trabalhadores(as), o que repudiamos prontamente.
Até o presente momento não fomos notificados pelo MTE. Se e quando formos, recorreremos. O que se tem é apenas uma noticia.
II – Perguntamos novamente: a quem interessa dividir a categoria?
O SINDSASC não está “invadindo base”. O que o SINDSASC tem feito, desde que a atual direção assumiu, foi lutar pela unidade da categoria.
Não há que se confundir “carreira” com “categoria”. O que define base sindical não é carreira. Bases sindicais são definidas por categoria, e a nossa inclui três carreiras públicas: assistência social, socioeducativa e atividades culturais.
Por isso, quem atuou em contradição com a lei foi o SINDSSE e, ao fazê-lo, apesar de pronunciamentos verbais, nada mais faz senão ajudar o governo, ao nos dividir.
III – Repudiamos o atual Ministério do Trabalho
Não é coincidência que a Carta Sindical do SINDSSE tenha sido expedida logo após a ascensão de Michel Temer, nas circunstâncias conhecidos por toda nação.
São notórias as ligações dos dirigentes do SINDSSE com Jair Bolsonaro, Alberto Fraga e com Paulinho da Força, parlamentares que votaram em favor da PEC-55, a que congela investimentos sociais por até 20 anos.
O atual Ministro do Trabalho é o mesmo que tem impedido a divulgação da lista suja das empresas acusadas de usarem trabalho escravo ou análogo à escravidão.
É a esse tipo de gente com quem os dirigentes do SINDSSE se alinham para dividir a categoria e enfraquece-la justamente nesta conjuntura de ataques brutais aos nossos direitos, quando precisamos de mais união, organização e mobilização.
IV – A esfera judicial
Temos audiência marcada na Justiça do Trabalho no próximo mês. A representação sindical dos(as) servidores(as) da SECRIANÇA será discutida na esfera judicial.
O SINDSSE pode ter a benção do Ministério protetor de escravistas tanto quanto dos políticos acusados de corrupção e defensores de torturadores, mas é inegável que sua criação foi uma afronta ao princípio da unicidade sindical. Provaremos isso na Justiça e esperamos que a mesma reconheça a real representatividade do SINDSASC.
V – Nossa prioridade continua sendo a luta
Não vamos deixar de lutar, de forma alguma. O momento exige muito esforço. Rollemberg é um governador caloteiro e que odeia servidor(a) público(a). Michel Temer e seus aliados, incluindo os amigos do SINDSSE, querem retirar nossos direitos, acabar com a aposentadoria, impor o princípio do acordado prevalecer ao legislado e terceirizar tudo, inclusive atividade fim no setor público.
Nossa prioridade é a união da categoria, com organização cada dia mais aprimorada e, fundamentalmente, a mobilização, porque é isso que, desde sempre, garantiu nossas conquistas e direitos.
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